17 de junho de 2008
Assustadoramente estilosas
Os melhores figurinos da Broadway
Casa de Criadores SS 2008
.ADD (Attention Deaf Disorder). Faissal Makhoul, estilista da marca, trouxe meninos com faixas na cabeça, bem na vibe Menudos (canta, dança, sem parar!!!). Nos pés, sempre o tênis slip (ou iate) - outro clássico dos ‘80s - nas mais diferentes cores e estampas. Bolsa, colares e lenços no pescoço completavam o guarda-roupa desse novo homem que não vê problema algum em pegar uma ou outra peça do closet da namorada - ou do namorado!
.Marcelu Ferraz. Os meninos vieram numa profusão de estampas com referências à natureza. Impossível não olhar pro sapato de bico fino com a meia passando do tornozelo, que contrastava demais com o macacão, as batas, bolsas, faixas e viseiras. O mood do homem Marcelu Ferraz me lembrou o da ADD: acho que ele também pega coisas no guarda-roupa da sua garota, apesar do fofo do MF ficar mais na academia.
.Walério Araújo. Duas coisas a se esperar dos desfiles do Walério: um ar de magia carnavalesca e um final apoteótico – sempre protagonizado por ele. E agora parece que vai se juntar à tradição do seu catwalk uma modelo-celeb ou celeb-modelo. Na Casa passada, de Inverno 2008, teve Viviane Orth, a top que é queridinha de John Galliano (=Dior). Dessa vez, o show ficou por conta de Claudia Leitte. O estilista adora um bom ornamento na cabeça das belas e trouxe muitos deles, pra acompanhar os longões que, num passo de transformers, viravam curtinhos.
Fashion Rio 2008
.Homem de Barro. O casal Marcio Duque e Aline Rabello comandam a marca extremamente ligada ao artesanal. O resultado é delicadamente belo e complexo.
.Caroline Rossato. Ela, que é mais uma das novas estilistas do Fashion Rio, tem como destaque os acessórios e peças em couro, muito mais leves e elegantes do que o que normalmente é apresentado com o material. No mínimo, interessante.
.Juliana Jabour. Na coleção “oitentista” de Juliana Jabour, o tema foi “Sinestesia”. A marca ousou sair de sua competência essencial, a malha, e caiu nos tecidos planos. O resultado foi uma alfaiataria que não abriu mão do evasê e balonê, marcas registradas da estilista. Os vestidinhos, como sempre deliciosos, drapês suaves em tons de cinza e amarelo e a geometria em cubos: essas foram as chaves de um desfile sem muita novidade, mas com um charme inconfundível.
.Maria Bonita Extra. Ana Luiza Magalhães trouxe à passarela uma modelagem solta, com o universo masculino versando com o feminino. A linha de estilo da marca não se alterou muito. Foram vistos coletes sobrepostos a vestidinhos, suspensórios e um vestido rosa com uma discreta gravata - tudo muito feminino e sensual.
.Eliza Conde. A marca levou à passarela um retrô-moderno envolto na década de 20 e também com um ar de contracultura hippie. A extinta boca de sino deu o ar da graça, bem como o patchwork e as sobreposições. Uma deliciosa viagem no tempo entre flores.
.Coca-Cola Clothing. A estreante que causou furor no terceiro dia foi a marca da AMC Têxtil, Coca-Cola Clothing. Não pelos modelitos, mas sim por ser uma marca de refrigerantes alçando vôo pelo mundo fashion. A coleção seguiu uma linha bemmmm normalzinha. A idéia era acompanhar os estudantes do colégio à formatura. A malharia apareceu em peso, e não teve nenhum look drama.
.Cavendish. Retomando o tema contracultura, que já foi falado por aqui com o desfile de Eliza Conde, a marca também se jogou por aquelas bandas. Na realidade, eles preferiram adotar o tema “antimoda”, seja lá o que realmente for isso. Apareceram franzidinhos na cintura, flores bordadas, amplitude nos modelos, camadas em vestidos. O curto também estava por lá.
Água para elefantes
Go Speed Racer, Go!
Para criar um filme recheado de ação e velocidade, Larry e Andy fizeram uso de sua imaginação mais louca para conceber um estilo de corrida de carros diferente de tudo que se conhece. Os carros de corrida de Speed Racer funcionam em uma perfeita sinergia entre forma e função, capazes de acrobacias a 180 quilômetros por hora que desafiam a gravidade. Verdadeiras peças de arte altamente “customizadas”, cada carro de corrida é mais fantástico do que o outro e foi concebido para refletir a personalidade do corredor.Grant Hill diz: “Larry e Andy Wachowski estão sempre em busca de maneiras de ir além nas coisas. Pesquisamos alguns esportes radicais, como skate e snowboarding, que têm movimentos contínuos, e imaginamos como as pistas de corrida deveriam ser e até que velocidade os carros precisariam ir para que os corredores pudessem fazer manobras aéreas similares”.Logicamente, nenhuma corrida da LMC seria completa sem as táticas escusas, dignas de batalhas entre gladiadores, que provocam questionamentos sobre a ética, como lanças com ganchos, pneus com hastes e lâminas de serra. O produtor Joel Silver comenta: “Esta idéia de um esporte extremo, com ação de contato completo, melhor descrito como uma mistura acrobática entre as artes marciais e a Fórmula 1, foi batizada por Larry e Andy como ‘Carro-Fu’, ou seja, as artes marciais automotivas”.Após mais de 40 anos e inúmeras versões televisivas, a história de Speed Racer e suas aventuras no Mach 5 foi readaptada para a tela grande pelos irmãos Wachowski, que empregaram não apenas efeitos especiais espetaculares e ação de alta voltagem, como também técnicas de fotografia de ponta, geradas por computadores de alta tecnologia. Enfim, é um filme muito bom, e recomendo a todos que assistam, afinal quem nunca assistiu Speed Racer quando era criança?