24 de junho de 2008

Tecelagens e seus estoques!


O meu inter desse semestre veio repleto de surpresas. A começar pelo meu grupo (apenas eu e a Jadhe), já saberíamos que iríamos ter trabalho de sobra em apenas duas. Mas valeu a pena. Porém o interessante dessa história toda, foi a nossa busca atrás dos tecidos da peça que a gente estava desenvolvendo. A roupa era linda no papel, então teríamos que encontrar um tecido à altura certo? Os professores nos indicaram tecelagens que você só não paga pra passar na porta, porque não tem como, pois são caríssimas, mas fomos ver né, quem sabe eles tivessem um estoque incrível...Fomos em todas as tecelagens possíveis na Rua Augusta, mas seus estoques realmente incríveis variavam de R$100 a R$240 o metro dos tecidos, importados... Não preciso nem dizer que a gente voltou pra casa totalmente frustradas, não tínhamos essa grana! Sem dizer que o zíper que encontramos custava na média R$200. Um mísero zíper! Mas ok, quem pode pode não é? E como não estávamos podendo, fomos até a GJ na 25 de Março. A loja é realmente demais, tem tudo que você procura, mas ainda não tínhamos encontrado o shantung que a gente procurava. Parecia que ele existia só na nossa cabeça. A gente já estava quase desistindo quando indicaram uma tecelagem que era tão perto da nossa casa e a gente nunca tinha entrado! A Tecelagem La Mode em Moema, na Alameda dos Nhambiquaras com a Aratãs. Fica próxima à Tecelagem Lorena. Fomos super bem atendidas e Seu Pedro e o Silvério acabaram se tornando peças chaves no nosso inter, porque o tanto de vezes que fomos lá e ficamos horas pechinchando e discutindo como teria que ser o tecido e a modelagem...Até que Seu Pedro resolveu mostrar o ouro e trouxe um tecido importado da França, estoque mesmo, pois eram os dois últimos metros do rolo e era do tempo que se amarrava cachorro com linguiça! Foi então que a gente percebeu que o tecido existia!!!! Ele não estava apenas nos nossos pensamentos, ele era real! Era um shantung dupion de seda com poliéster, que tinha o brilho certo, a cor certa, a tonalidade certa, a textura certa e o caimento certo! Posso até afirmar com quase 100% de certeza que o tecido estava esperando pela gente. E o melhor de tudo: o preço! Por ser importado e tratar-se de um tecido muito fino, era de se esperar que custasse os olhos da cara, certo? Errado! Em comparação com a 25 de Março que um shantung dupion que nem era de seda e muito menos o que a gente procurava estava R$78 o metro, e os outros preços exorbitantes da Augusta, conseguimos sair de um preço de R$125 o metro para R$90. Mas o complemento ainda estava por vir. Parecia que nosso sonho tinha se tornado realidade de verdade. A outra peça que iria por cima, um pelerine na cor pérola ainda atormentava nossos pensamentos. Mas outra vez Seu Pedro trouxe a luz. O mesmo shantung dupion que o preto, tinha na cor pérola! Eu tava soltando fogos por dentro. E o melhor: era outra peça de estoque, ou seja, iria rolar outro desconto, mesmo porque esse era menor ainda, era o último metro!!! A nossa busca tinha acabado. O tecido existia. E não coloquei o preço dos tecidos aqui só pra falar o quanto gastei, mas é temos um pouco daquilo "Tecelagem na zona sul são os olhos da cara". Realmente são mesmo. Mas os estoques, não tem nada igual. E saiu praticamente o mesmo preço que teria saído na 25 de Março. O que quero passar com esse post é que é só bater perna e pechinchar que tudo se encaixa! Essas tecelagens atendem um público que compra muitos metros, então se você estiver precisando de um ou dois, será como uma mão lavar a outra. A gente desencalhou aqueles tecidos que estavam lá a anos e que nunca seriam vendidos pelas suas metragens, e eles resolveram o nosso problema do inter. Sem dizer que aprendi coisas na prática com Seu Pedro e o Silvério que não vou aprender em faculdade nenhuma, se chama experiência de vida. E eles tiveram toda a paciência do mundo com a gente para nos ensinar o que sabiam. E o nosso inter agradece! Como não tenho nenhuma foto da tecelagem, resolvi colocar a peça pronta...

Um comentário:

Gabriela Billi disse...

Na verdade, acho que não ficou muito claro, mas quis passar o valor cultural que esses tecidos tiveram pra mim e o caminho que percorri até encontrá-los, e não o valor monetário...